Nazaré finalmente ligada a Tomar através do IC9

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Uma nova estrada sem portagens que pode ser uma alternativa para viajar das Caldas da Rainha para o Centro, Norte e Cova da Beira.

Foi sem pompa nem circunstância que abriu ao trânsito no passado dia 2 de Maio o troço do IC9 que liga a Estrada Nacional 1 a Fátima e Ourém, numa extensão de 40 quilómetros. Ficou assim concluída uma das mais importantes vias da Subconcessão Litoral Oeste, ligando-se a Nazaré a Tomar.
A nova estrada, que não tem portagens, garante novas acessibilidades entre os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Batalha, Porto de Mós, Leiria, Ourém e Tomar. Em comunicado, a Estradas de Portugal garante que esta traz “evidentes ganhos para os utentes pela redução da extensão do percurso em cerca de 34 quilómetros e em cerca de 20 minutos, conjugado com o aumento substancial das condições de conforto e segurança rodoviária”.
A segurança rodoviária, e a redução da sinistralidade em 46% foi de um dos objectivos traçados para a Subconcessão Litoral Oeste, cuja rede de 110 quilómetros fica agora concluída. É também em comunicado que o Grupo Lena, um dos membros do consórcio AELO, se congratula pela conclusão deste investimento total de 622 milhões de euros (inicialmente orçado em 459 milhões) que traz “um forte impulso para o incremento de uma rota turística de excelência, ligando em rede vários itinerários turísticos”.
A ausência de festa de inauguração das novas estradas contrasta com o lançamento da Subconcessão Litoral Oeste, e sucessivas cerimónias de apresentação nos concelhos beneficiados. Festas nas quais desfilaram governantes do governo de José Sócrates, representantes de empresas públicas e privadas e muitos políticos locais, e cujos custos foram frequentemente questionados por diversos protagonistas políticos que chegaram a apontar o valor de 500 mil euros para as apresentações. Um valor que, no entanto, foi prontamente desmentido pelo ministro das Obras Públicas de então, Mário Lino, que em Leiria garantiu que cada cerimónia custaria menos de 50 mil euros e não 500 mil.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt