A qualidade da água no Chão da Parada

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Sou morador na Rua dos Artistas, 37 no Chão da Parada há vários anos.
Desde que aqui habito, acontece com bastante frequência, ou falta a água ou esta vir completamente “castanha”!
As rupturas são constantes, o que provocam o atrás mencionado.
Será que os habitantes, estão condenados a viver eternamente  nestas condições?
Ainda hoje aconteceu que a água que saía das torneiras era completamente “castanha”, o que leva os consumidores a terem de a deixar correr, até ela vir em condições! E os consumidores a pagar!

Não seria mais razoável, quando isto acontecesse, não a ligarem para a casa dos consumidores, sem antes fazerem uma descarga e assim, pelo menos, não teríamos de a pagar e evitando também os malefícios causados à máquinas de lavar, esquentadores, etc.?
Já agora, mais uma questão, que só agora me apercebi: é incrível que se pague o que se paga, pela Tarifa de Saneamento!
Na factura deste mês, tenho na Conta da Água 38,00 euros e de Conta de Tratamento de Esgotos 30,78 euros!
Meus Senhores, pelo que pagamos, era para termos uns Serviços em condições!

Fernando Santa-Bárbara

NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta à Câmara das Caldas, convidando-a a pronunciar-se, mas não obteve qualquer resposta.

3 COMENTÁRIOS

  1. Será que este assunto – que toca a todos – vai fazer parte das agendas dos partidos nas eleições autárquicas?
    Como se sabe, o PSD, o PS e o CDS votaram favoravelmente os aumentos (de facto inconcebíveis no que se refere às taxas). O PCP e o BE votaram contra. E depois parecem ter-se esquecido de como isso afecta a população.

  2. A minha rua, no Cabeço da Vela (Serra do Bouro) está desfeita e só não está cheia de lama porque a terra é argilosa. São as prometidas obras dos Serviços Municipalizados para substituir a apodrecida canalização da água, paga a preço de luxo neste concelho.
    As obras, a cargo de uma empresa externa, caracterizam-se, bem à portuguesa, por não terem curso nem tempo definido. Podem os buracos ser fechados hoje, como amanhã, como logo se vê.
    E o que fica a tapar os buracos, numa rua íngreme, são terras que, com uma chuvada mais forte, rapidamente darão origem a um mar de lama grossa.
    Para ajudar à festa, houve mais uma ruptura, deixando os habitantes da povoação a seco. “É complicado, há mudança de turno”, dizem-me da Câmara quanto às possibilidades de a ruptura (a caminho das trinta em pouquíssimos anos) ser reparada entretanto.
    E a água pode-se beber, circulando como circula numa infra-estrutura tão degradada? Os Serviços Municipalizados, podres de ricos graças a um aumento dos preços brutal (decidido pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, com a timorata oposição do PCP e do BE, não respondem.

  3. Rua José Elias – Caldas da Rainha:
    Hoje de manhã, mais uma vez, a água estava castanha. Ontem, ocorreu o mesmo. Queremos tomar banho ou beber água da torneira (como somos aconselhados a fazer) e a água está impraticável. Isto vem-se arrastando e não vejo solução à vista. A sugestão do Fernando Santa-Barbara parece-me muito ajustada. Porque não atentam para o que o consumidor diz? Afinal, a água que pomos a correr é-nos debitada como se a consumíssemos. Ajam, caros responsáveis pelos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, pois a nós compete-nos pagar e a vocês compete-vos dar-nos o serviço com a qualidade que merecemos.