Obras da colecção Millennium bcp no CCC

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apresentacaopublicoNove quadros de José Malhoa fazem parte da exposição de pintura naturalista, da colecção Millennium bcp, que estão patentes, até 31 de Maio, na galeria do CCC das Caldas da Rainha.
A exposição pode ser visitada de segunda a domingo, das 10h00 às 22h00, e a fundação contratou seis recém-licenciadas em História de Arte, todas da região, para fazerem visitas guiadas em permanência.
Na cerimónia de inauguração, que teve lugar a 28 de Março, Nuno Amado, presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, explicou que a apresentação desta mostra no CCC, inserida numa série de actividades que tiveram lugar durante esse dia nas Caldas, marca também o regresso do banco a uma maior ligação aos seus clientes por todo o território “depois de uma fase um pouco mais conturbada”.
O dirigente salientou que, para além de falarem em negócio, quiseram apresentar aos seus clientes da região o que fazem ao nível da cultura. “Mesmo em períodos de dificuldades nunca deixámos de fazer investimentos na área da cultura em Portugal”, referiu.
O presidente da fundação Millennium, Fernando Nogueira, explicou que aquele banco “tem uma excelente colecção de pintura e um dos seus núcleos mais importantes é o naturalismo”. Quando foi feito o desafio para apresentar uma colecção no âmbito das jornadas do banco que se iriam realizar neste concelho, teve logo em conta que “as Caldas da Rainha tem o museu José Malhoa e uma tradição histórica fantástica da influência e da presença na pintura naturalista em Portugal”.
A fundação já realizou 22 exposições itinerantes por todo o país, que foram visitadas por cerca de 400 mil pessoas.
No CCC haverá “visitas guiadas para todos os gostos”, explicou, que podem ser “por autor, por obra ou alargadas a toda a exposição”. Aos fins-de-semana haverá visitas para pais e filhos, onde se incluem actividades educativas. “É um serviço educativo de excelência”, referiu, o que veio relembrar o facto do CCC não ter, há vários anos, um serviço desse tipo a funcionar.
Embora a exposição nas Caldas seja temporária, a fundação quer deixar a sua marca na cidade. Além do já noticiado restauro das 60 esculturas de terracota da Paixão de Cristo, da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro e que fazem parte do acervo do museu José Malhoa, a fundação fez ainda uma série de outros investimentos, como nas estruturas para colocação dos quadros, que irão reverter a favor do CCC para futuras exposições.
Quanto ao restauro das 60 esculturas de terracota da Paixão de Cristo, o presidente da fundação anunciou ainda que estas irão ter uma nova disposição museológica e irão ficar patentes ao público a partir de 15 de Abril, para aproveitar a época da Páscoa.
Em declarações à Gazeta das Caldas, Fernando Nogueira explicou que as várias peças irão ficar distribuídas ao longo do corredor central do museu para que exista uma coerência cronológica. “Vão ver que vai ganhar uma nova força a exposição daquelas magníficas peças de Rafael Bordalo Pinheiro”, disse.
Fernando Nogueira referiu ainda ao nosso jornal que, no total (incluindo o valor do restauro das obras, que foi gasto para a exposição e a contratação das licenciadas em História de Arte), a fundação terá gasto cerca de 20 mil euros neste projecto.
O presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, agradeceu o facto de a cidade ter sido escolhida para receber esta exposição, assim como o investimento realizado pela fundação, e referiu que esta também é uma oportunidade para os caldenses verem mais quadros da autoria de José Malhoa.

Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt