Presidente da Câmara diz que tabuleiro da Praça estará concluído em finais de Setembro

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PRACAAs obras do tabuleiro da Praça da Fruta deverão estar concluídas em finais de Setembro. A informação foi avançada à Gazeta das Caldas pelo presidente da Câmara, Tinta Ferreira, que garante estar a insistir junto da empresa para que isso aconteça. Contudo, o autarca diz ter noção que aquela obra não é compatível com a pressa, tratando-se da colocação de calçada artística.
Inicialmente prevista estar terminada a 22 de Junho, a obra no tabuleiro da Praça tem sofrido diversos atrasos. De acordo com o autarca, o facto de ter havido um Inverno muito rigoroso teve uma “influência decisiva” na dificuldade de execução das obras, assim como a necessidade de fazer algumas alterações ao projecto inicial ao nível das infra-estruturas, pois o que encontraram debaixo do solo não estava tudo identificado. Os serviços, na previsão dos prazos de concurso também “não terão levado em conta o prazo certo da componente artística da calçada, que é diferente da calçada normal, pois é muito mais minuciosa”, reconheceu Tinta Ferreira.
A alteração da equipa de calceteiros também já está a produzir resultados. “Tem havido alguma insistência da nossa parte no sentido de aumentar o número de trabalhadores afectos à obra”, disse o autarca, acrescentando que na passada terça-feira a equipa era formada por sete calceteiros e dois serventes. Até à passada terça-feira tinha sido calcetada cerca de 40% do tabuleiro.
Desde a semana passada que também é possível circular à volta do tabuleiro, o que “resolve algumas limitações que existiam relativamente aos estabelecimentos comerciais ao sul da praça”, destaca o edil. Já para quarta-feira estava prevista a abertura ao trânsito da Rua do Rosário, que dá acesso ao Largo do Termal, mas vai ser fechado o acesso à Rua Diário de Notícias para que seja feita a continuação da conduta subterrânea.
Para a primeira quinzena de Setembro está previsto que a Rua de Camões entre em obras. Trata-se de uma intervenção profunda, que inclui mexer na galeria que se situa a quatro metros de profundidade e por onde são escoadas as águas do Hospital Termal. Segue-se o Largo da Rainha.
Estas obras deverão estar concluídas até 31 de Dezembro. Depois de concluída a obra na Rua de Camões serão colocados também os pinos no Largo do Termal para assim disciplinar o estacionamento.

Parque subterrâneo concluído em “Outubro Novembro…”

A “bom ritmo” decorre a obra do parque de estacionamento subterrâneo da Praça 25 de Abril, com intervenções no Hemiciclo João Paulo e na Rua António Sérgio (atrás do Tribunal). “Estamos a apontar para que em Outubro, Novembro o parque esteja concluído”, refere o autarca, reconhecendo que também ali se registaram alguns atrasos, resultantes do mau tempo e das infra-estruturas encontradas, que não coincidiam com o que estava no cadastro.
A Câmara prevê também que no final de Setembro seja possível libertar a zona da Avenida 1º de Maio que está na sequência do parque de estacionamento subterrâneo e que se coloque a segunda camada de alcatrão e remates, terminando-a em definitivo.
Tinta Ferreira deu ainda nota de que estão a “melhorar o ritmo” das obras do Edifício da Requalificação dos Produtos Regionais e do Espaço Turismo, que deverão estar concluídas em Outubro, Novembro.
“Teremos um final de ano com muitas obras em fase de conclusão”, conclui o responsável, omitindo que algumas eram para acabar no fim do Verão, e destacando que o Espaço Turismo terá um “impacto decisivo naquilo que se pretende para o futuro das Caldas, que é uma boa capacidade e modernidade em termos de acolhimento e acompanhamento próximo do turista”.
Tinta Ferreira referiu ainda que, apesar de se registar alguns atraso, no cômputo geral, está satisfeito com o ritmo que as obras têm tido este ano.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

2 COMENTÁRIOS

  1. O exemplo de uma obra feita com respeito pelo património cultural e pela memória histórica da cidade das Caldas da Rainha. Lisboa, infelizmente, anda a arrancar a calçada portuguesa e a substituí-la por lajes de cimento, como fez por exemplo no Terreiro do Paço. A diferença nas opções mostra também a diferença das mentalidades, a qualidade política (no caso de Lisboa a falta dela) e o respeito pela memória histórica e pelo nosso património. A cidade das Caldas da Rainha tem-se revelado neste aspecto como um verdadeiro exemplo.