Apanha da fruta é oportunidade de trabalho para jovens estudantes, desempregados e… empregados

46
28737

DSCN2771Quando chegamos a meados de Agosto a apanha da fruta do Oeste agita uma parte da população local. Os jovens são os que mais procuram este trabalho sazonal, mas há também desempregados que aproveitam umas semanas deste “emprego” e até empregados que nesta altura do ano tiram férias para trabalhar no campo.
Entre os mais novos há quem chame aos pomares que agora os acolhem a Praia da Rocha do Oeste (numa alusão à pêra com o mesmo nome). E há quem diga que isto da apanha da pêra é mesmo uma… Pêradise (Paraíso).

Nas Caldas, a rotunda da Rainha, a Fonte Luminosa, ou qualquer café da cidade, demonstram, à ida ou à vinda para o campo, a pujança e o impacto que a apanha da fruta tem na região. Estes locais são pontos de encontro para trabalhadores sazonais e os empregadores que os vêm buscar e trazer com as suas carrinhas.
A recompensa financeira é o argumento mais forte, motivo maior para a aventura pelos pomares, mas a experiência ou o convívio são algumas das razões que levam, campanha após campanha, as pessoas da região a optar por este trabalho sazonal, tal como há anos se fazia com a vindima ou a apanha da azeitona.
O dinheiro é usado para várias finalidades. Uns usam-no para pagar propinas da universidade, outros para comprar utilidades, mas há também quem, com o “dinheiro da fruta” aproveite para tirar a carta de condução ou para comprar um primeiro carro. Por outro lado, há quem prefira gastar o dinheiro numas boas férias e quem não tenha outro remédio senão usá-lo para pagar dívidas.
Cristina Rosa, engenheira responsável pela campanha na empresa Granfer, revelou à Gazeta das Caldas que tem notado uma maior procura deste trabalho sazonal, já há cerca de cinco anos, devido ao aumento do número de desempregados e ao crescente impacto da crise económica nas famílias, que deixam, muitas vezes, de conseguir dar aos filhos tudo aquilo que eles precisam ou premiá-los com algumas futilidades.
Nos pomares, Cristina Rosa afirmou encontrarem-se todo tipo de jovens trabalhadores, desde os que vêm por real necessidade e que permanecem até ao início das aulas, àqueles que ficam apenas até juntarem o valor que necessitam para pagar a viagem de finalistas, a carta de condução, ou uma ida a um festival de Verão. Quanto ao ritmo ideal de trabalho, a engenheira explicou que “ninguém quer pessoas a correr de um lado para o outro, até porque aquilo que é pedido é um ritmo de trabalho constante ao longo das oito horas diárias”. Mas, na opinião da responsável, qualquer jovem pode aprender facilmente as técnicas básicas da apanha, bastando ter motivação. “Eu vejo que as capacidades estão lá, por vezes falta é a vontade. Noto, inclusive, que os jovens têm mais facilidade em aprender o modo de apanha que nós queremos que seja feito, porque não têm os vícios de algumas pessoas mais velhas e do campo”, disse à Gazeta das Caldas.

TRABALHO DURO MAS COMPENSADOR

O trabalho é duro, mas compensador. O sol, os arranhões que as pereiras infligem, o pó que provém dos produtos usados nas árvores e as dores corporais são os obstáculos maiores para os aventureiros.
As principais exigências são que as pêras tenham pé e que respeitem o calibre mínimo aceitável. É extremamente importante que depois de colhidas as pêras sejam colocadas com cuidado no balde.
Mas há quem, por brincadeira, compare os dias no pomar aos dias de praia. Os jovens chamam-lhe a Praia da Rocha do Oeste. Outros, encaram-na como o único ginásio onde, em vez de se pagar para o frequentar, o cliente ainda recebe. Entre os mais novos há quem lhe chame o Pêradise (Paradise=Paraíso). Mas, brincadeiras à parte, apanhar fruta não é pêra doce…

Um dia na pêra

São seis horas e vinte minutos… É hora de acordar, a hora mais difícil do dia. O corpo ainda está dorido do dia anterior, as pernas e as costas ainda não descansaram e custa um bocadinho a respirar devido ao pó e aos produtos usados nas pereiras.
É tempo de levantar, passar água pela cara e vestir uma qualquer roupa velha e colocar um chapéu para proteger do sol. E a seguir um bom pequeno almoço porque se adivinha uma manhã de árduo esforço físico. Depois preparar a lancheira com o almoço e carregá-la no carro.
A deslocação de automóvel para a aldeia ronda sempre os 25 minutos. Encontramo-nos no largo combinado, de onde seguimos para o pomar.
De seguida são quatro horas de sol, a subir e descer escadotes, de arranhões e nódoas negras, baldes vazios e baldes cheios, paletes e palotes, conversas, brincadeiras, escorregadelas. E pêras. Acima de tudo, muitas pêras.
Ao almoço vamos a casa dos patrões onde existe um anexo com uma mesa e cadeiras para nos sentarmos. Podemos lavar as mãos e a cara, podemos comer descansados, escondidos do sol. Outros, comem logo pelo pomar, poupa-se tempo e, à sombra das pereiras, também não se passa nada mal.
Durante a hora de almoço, uns tiram também uma sesta enquanto os outros vão beber café. Cada um procura a melhor forma de vencer as adversidades do dia de trabalho.
À tarde repetem-se os mesmos processos da manhã, mas normalmente com muito mais calor.
Chega-se a hora de sair, de fazer o caminho inverso até ao largo, pegar no carro e ser conduzido até casa.
Horas de cuidar do jardim, tomar um banho, jantar, conversar um pouco enquanto se vê uma série na televisão e descansar, que amanhã, pelas seis e vinte toca o malandro do despertador…

As diferentes experiências

Trabalhar na apanha da fruta não é igual em todo o lado. Cada patrão é um patrão, e se o trabalho é o mesmo nas várias propriedades, a forma como o encaramos depende muito do lado patronal. No fundo, como qualquer experiência laboral.
Na experiência da fruta, o que dali se guarda depende, não só de cada um de nós, como de cada um que connosco trabalha. Na realidade, é uma micro-sociedade que interage durante cerca de um mês.
Se, por um lado, ainda existem sítios onde a apanha da fruta se trata de um ajuntamento das pessoas da aldeia com algumas da cidade, onde a troca de experiências entre mais velhos e mais novos existe, onde a brincadeira, o convívio, a piada, a canção, o trabalho, são valorizados, existem outros em que a busca pelo lucro impõe um regime de silêncio. Ou de barulho. Do barulho das máquinas que entram pelos pomares.
Nestas explorações modernas já existem plataformas em vez de escadotes. E se é certo que estas facilitam o trabalho, dificultam, por outro lado, o convívio.

COMO UMA FAMÍLIA

Hernani Silva é um pequeno produtor de pêras e maçãs, associado da Frutalvor, e mantém grande parte do seu grupo de trabalho já desde o tempo do seu pai. “Funcionamos quase como uma família, onde cada um se sente à vontade para conversar, e acho isso muito importante, porque uma boa relação dentro do grupo e entre mim e os trabalhadores resulta num trabalho eficaz”, explicou o produtor da Carrasqueira à Gazeta das Caldas, enquanto também apanhava pêras.
Das 11 pessoas que o acompanham, três são jovens. Para o produtor, este número é suficiente. Hernâni Silva diz que não se deve comparar pessoal mais novo com o mais velho, mas sim os que têm origens no campo e os que vêm da cidade. “As pessoas do campo estão muito mais habituadas ao ambiente, que às vezes é duro, mas as que vêm da cidade e não tem tanta ligação com a natureza, acabam por se queixar mais, porque tudo estorva. É o sol, as moscas e os terrenos, mas claro que existem excepções.” Por outro lado, Hernâni Silva reconhece como os mais jovens conseguem ser mais ágeis, mexer-se melhor do que alguém com mais idade “e subir com mais facilidade a uma árvore se for preciso”.

Diferentes tipos
de patrões

Existem patrões que oferecem sumos, água fresca e vinho e outros que oferecem água barrenta, uns que pagam 30 euros por nove horas de trabalho e outros que por oito bem trabalhadas pagam 40 euros. Existem os que contribuem para a gasolina ou oferecem transporte e os que simplesmente não se importam com isso. Aqueles que oferecem uma pausa e aqueles que a descontam. Os que andam atrás dos trabalhadores a gritar e a humilhar e aqueles que acompanham os seus trabalhadores na apanha da fruta.
Tudo isto faz da apanha da pêra uma actividade singular, diferente, única. Uma experiência que traz gentes de vários pontos do país e que, simultaneamente, consegue “empregar” as da região.
Contas feitas, vale sempre a pena, quando a pêra não é pequena!

Beatriz Raposo
mbraposo@gazetadascaldas.pt

Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt

As voltas que uma pêra dá

A pêra é colhida da árvore para o balde e deste para o palote (uma caixa de plástico ou madeira que leva entre os 200 e os 350 quilos de pêras. Os palotes são recolhidos e amontoados por um tractor e carregados numa carrinha ou num camião, consoante a quantidade dos mesmos. São depois transportados para o armazém onde passam por uma lavagem a água fria e são preparados para serem armazenados a uma temperatura que ronde os 0º. Depois, as pêras são escolhidas e calibradas. As mais pequenas e as pêras sem pé são deitadas fora (rejeitadas e enviadas para outros fins, como a produção de sumos). As que apresentam as condições necessárias são calibradas e embaladas, sendo então distribuídas para o mundo.

I.V.

FranciscaCorreia“Acordar muito cedo, o calor, as horas em pé e os arranhões
são as principais dificuldades”

Francisca Correia, 21 anos
“O que me tem feito voltar é o dinheiro que consigo juntar”
“Este já é o terceiro ano consecutivo que venho à apanha e, essencialmente, aquilo que me tem feito voltar, ano após ano, é o dinheiro que consigo juntar. Acaba por se ganhar mais do que na maior parte dos empregos de Verão e, embora seja mais duro, acaba por recompensar pelo salário. Costumo guardar o dinheiro para comprar aquilo que os meus pais não conseguem dar-me, mas que acabo por precisar sempre.
A maior dificuldade do trabalho na apanha é o facto de começar logo às oito da manhã, porque isso implica que acorde pelas 06h20 para ter tempo de fazer o almoço e o lanche, que levo para comer no pomar. Depois, junta-se o tempo que gasto em ir até ao ponto de encontro com os vários trabalhadores. Já no campo, o sol, as muitas horas em pé e os arranhões que faço nas pernas são as outras principais dificuldades.
Contudo, penso em voltar para o ano.”

CatarinaTavaresCatarina Tavares, 21 anos
“Vejo cada vez mais raparigas na apanha”
“Da primeira vez que fui trabalhar para a apanha, aquilo que me chamou a atenção foi o salário, e acabei por repetir a experiência este ano, apesar de me terem convidado para outros trabalhos sazonais. O facto de ir com uma amiga, torna tudo mais fácil, porque ter alguém com quem conversar e conviver enquanto trabalhamos faz com que o tempo passe mais rápido.
O dinheiro que ganho não tem uma finalidade específica, serve apenas para não depender tanto dos meus pais e conseguir ser eu a comprar as minhas próprias coisas, sem ter de lhes pedir nada. Ao início, os meus pais levaram o meu trabalho na fruta quase como uma brincadeira, mas agora que vêem que sou capaz apoiam-me a 100%.
Vejo mais raparigas na fruta e isso é muito positivo, porque acho que ainda existe o preconceito que as mulheres, principalmente as mais jovens e da cidade, não conseguem aguentar um trabalho tão duro. Na verdade, quando existe motivação e se precisa mesmo do dinheiro, tudo se consegue.”

JoelFerreiraJoel Ferreira, 32 anos
“Com um grupo coeso conseguem-se melhores resultados”
“Dedico-me ao trabalho no campo durante todo o ano e desde que me lembro que venho à apanha da fruta para ganhar mais algum dinheiro. Acho que as dificuldades deste trabalho dependem de pessoa para pessoa, de cada idade e também do dia que nos calha. Se o calor for muito é sempre mais difícil. Mas, desde que tenhamos todas as condições de trabalho e gosto pelo trabalho não vejo grandes dificuldades.
São várias as coisas que devemos ter em atenção durante a apanha, como a árvore, os escadotes, o calibre do fruto e a sua fase de maturação. No fundo, com o avançar da nossa experiência e depois de aprendermos todas as técnicas, torna-se mais fácil conseguir um bom ritmo de trabalho.
Não sou muito a favor de grupos de trabalho sempre diferentes, porque só quando existe um grupo coeso, com espírito de companheirismo, é que se conseguem os melhores resultados.”

JoaoSantosJoão Santos, 19 anos
“Os jovens trabalham bem desde que tenham motivação”
“Já tenho alguma experiência na apanha, porque vou desde os 14 anos. Acabo sempre por voltar por causa do salário, apesar de ser um trabalho bastante duro, devido ao calor a que estamos expostos. Contudo, o facto de vir há tantos anos acabou por me ajudar a ganhar resistência, então acho que não fico tão cansado, embora acorde às 06h40 durante seis dias consecutivos. É tudo uma questão de aprender a gerir bem as minhas horas de sono, que podem rondar as dez ou onze horas, em dias que me sinto mais em baixo.
Já trabalhei com vários produtores e é verdade que a experiência na apanha varia muito consoante os patrões que encontramos, principalmente ao nível da organização do trabalho e do ambiente entre os trabalhadores. Falando por mim, tenho melhor rendimento quando me sinto descontraído e à vontade com os meus colegas e patrões. Apesar de este ano não estar num sítio com muitos jovens, em anos anteriores tive essa oportunidade, e acho que o pessoal mais novo consegue fazer um bom trabalho, competente, desde que tenha motivação e precise realmente do dinheiro”.

ClementinaTavaresClementina Tavares, 64 anos
“Os dias na apanha são as minhas férias”
“Há quase quarenta anos que ando nestas andanças e sei fazer tudo relacionado com a agricultura, sou uma verdadeira senhora do campo! A apanha da fruta, tendo boa camaradagem, é um trabalho excelente e que se faz muito bem, porque é saudável e divertido. Costumava até dizer, na escola onde trabalhava, que a altura da campanha eram as minhas férias. Já o hábito ao campo vai-se ganhando e com o passar dos anos acabamos por fazer isto com uma perna às costas, mas se se vem contrariado torna-se um sacrifício. É claro que as pessoas do campo têm mais facilidade porque já nascem habituadas ao contacto com a natureza, o que nem sempre acontece com o pessoal da cidade, que às vezes até parece ter medo do sol.
Uma das minhas horas favoritas é a do almoço, porque ao trazer o comer de casa, podemos ter um tempo de convívio muito agradável com os nossos colegas.”

Testemunhos recolhidos por

Beatriz Raposo
mbraposo@gazetadascaldas.pt

46 COMENTÁRIOS

  1. Boa tarde, gostaria de saber quanto pagam, onde fica e se no local há algum tipo de alojamento… Obrigada

  2. Ola, gostaria de saber se as pessoas com 15 anos também pode fazer isso e quanto pagavam e onde eu poderia encontrar esse sitio :)

  3. Boa noite, gostaria de saber onde fica, qual o valor monetário, qual o período de duração e como me posso candidatar.
    Obrigada

  4. Boa noite, pode indicar as entidades que procuram pessoal sazonal para apanha de fruta nas Caldas da Rainha ?

  5. Olá,boa tarde!
    Estando eu interessada nas circunstâncias deste trabalho,será que me podem adiantar as informações necessárias para ingressar no mesmo?
    Obrigado!

  6. Boa noite. Adoraria saber como me inscrever neste trabalho de verão; quando/onde/durante quanto tempo/ valor monetário a receber , ou seja todas as informações necessárias para tal. Obrigado

  7. Boa noite,

    Estou interessada neste trabalho.

    O que tenho de fazer para me inscrever?

    Atenciosamente

  8. Olá muito boa tarde!!!
    Tenho casa de férias na Lourinhã e gostava de trabalhar no verão na apanha de fruta pode dizer me onde posso inscrever?
    obrigada

  9. Boa tarde , gostaria de saber se existe alojamento , os horários , como me posso candidatar e quanto será o ordenado . Obrigada .

  10. Boa noite,
    gostaria de saber como me posso candidatar, qual o salario, qual o período de duração, se existe alojamento.
    Obrigado

  11. Boa noite,
    gostaria de saber como posso candidatar-me, qual o salario, qual o período de duração, se existe alojamento.
    Obrigado

  12. Boa tarde,gostaria de saber como é que me inscrevo para trabalhar na apanha da fruta.gostaria de saber também se dão alojamento,obrigado.melhores comprimentos.

  13. Boa noite, gostava de saber se precisam de 4 trabalhadores. Estamos dispostos a trabalhar o mes todo de agosto se precisarem e gostava de saber as condiçoes

  14. boa noite, gostava de saber se necessitam de 2 trabalhadores, estamos dispostos a trabalhar a primeira quinzena de agosto.

  15. boa noite. Digam-me como posso inscrever-me para este tipo de trabalho de Verao e onde posso dirigir-me para obter informaçoes.

  16. Eu gostava de saber se podiam ir buscar a rio maior duas pessoas para ir trabalhar para a apanha da fruta. E se podiam mandar o numero para se poder falar melhor

  17. Estou interessado no trabalho da apanha de fruta em Portugal, este ano 2015.
    Agradeço informações inerentes ao referido serviço.

  18. Gostaria que me informassem pormenores sobre o trabalho da apanha de fruta em Portugal, isto é: local de trabalho, duração, alojamento, valores de remuneração, etc..
    Aguardo V/ informação.
    Obrigado,
    Carlos Nogueira Alvarenga.

  19. Muito boa tarde gostaria de ter as mesmas informações que a mensagem do sr. Carlos obrigada pela atenção

  20. Boa noite
    Eu gostaria de saber se ainda precisam de pessoal para a apanha da fruta. Se sim, gostaria de saber o valor do salário, em que zona do país trabalharia, se existiria alguma espécie de alojamento e como me poderia insrever..
    Muito obrigado

  21. Boa noite
    Eu gostaria de saber se precisam de pessoal para trabalhar? Sou estudante e quero de ter uma opurtunidade de reseber dinheiro nao so pedir aos pais. Por tenho muita vontade de trabalhar. Obrigado

  22. Boa tarde. Gostava de saber se precisam de alguém para a apanha de fruta a partir de Agosto. Obrigada.

  23. Boa tarde. Gostava de saber se precisam de alguém para a apanha de fruta a partir de Agosto.

  24. Boa Tarde, Estou disponível para trabalhar o mês de Julho, e se necessário arranjo mais colaboradores disponíveis. Obrigada,.

  25. Boa Tarde.
    Estou disponível para trabalhar o mês de Julho.
    2 pessoas ou mais.
    gostaria de opter resposta.
    Obrigada.

Comments are closed.