Ecopontos causam polémica em Dia Sem Carros com muita chuva

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O objectivo era a troca de lixo reciclável por bilhetes do Toma, mas a colocação de três grandes ecopontos em frente à passadeira que liga a rua Miguel Bombarda à rua das Montras, na passada segunda-feira, causou muita polémica entre os transeuntes que não compreenderam a intenção.
A iniciativa, em colaboração com a Valorsul, fazia parte das comemorações do Dia Sem Carros , com que culminou a Semana Europeia da Mobilidade, que tinha tido início no dia 16, com o tema “As nossas ruas, a nossa escolha”.
Acabou por ser a escolha da Câmara em colocar num local pouco apropriado os ecopontos destinado à troca de bilhetes do Toma que deu mais eco às várias actividades que foram desenvolvidas durante esta semana. Alguns munícipes fizeram mesmo questão de partilhar imagens dos contentores naquele local através das redes sociais, acabando por ser o próprio vereador Hugo Oliveira a comentar no facebook essas fotografias para explicar que estavam ali apenas por um dia.
À Gazeta das Caldas, Hugo Oliveira disse que essa polémica acabou por ser benéfica para o que se pretendia com a campanha, ou seja, a divulgação da importância da reciclagem. “A ideia era também ‘provocar’ e chamar a atenção”, afirmou.

À espera do final das obras

O vereador responsável pela organização da Semana da Mobilidade nas Caldas da Rainha admitiu que nos últimos anos a autarquia tem promovido menos actividades, mas apenas por estarem a decorrer as obras de regeneração urbana.
Este ano isso foi ainda mais notório, o que Hugo Oliveira explica com o facto de estar a decorrer um período ainda mais sensível nessas obras. “Não quisemos deixar de comemorar a Semana da Mobilidade, mas com o cuidado de não encerrar mais ruas e não criar mais constrangimentos na cidade do que aqueles que já acontecem por causa das obras”, referiu.
Para o próximo ano Hugo Oliveira promete que a autarquia irá voltar a organizar uma Semana Europeia da Mobilidade com mais actividades. “Depois destas obras vai-se sentir melhores condições de mobilidade na cidade”, disse.
“O que queremos é que exista um equilíbrio entre o peão e o carro, criando condições para que os dois possam conviver e que, em muitos casos, o peão tenha prioridade”, explicou.
A autarquia continua à espera da regulamentação das zonas de coexistência, um novo conceito de zona na via pública criado pelas alterações ao Código de Estrada. Estas zonas são concebidas para utilização partilhada de peões e veículos. O limite de velocidade nessas zonas é de 20 Km/h e o peão é quem tem prioridade. A rua Heróis da Grande Guerra será uma zona de coexistência e a autarquia irá estudar a possibilidade de intervir nesse sentido noutras artérias da cidade.

Caminhadas, corridas e test-drives

A chuva também não ajudou e a Feira de Artesanato “Arte na Praça”, na praça 5 de Outubro, acabou por ser interrompida por causa da chuva. Mesmo assim, do programa ainda se cumpriram as duas caminhadas guiadas ao Paul de Tornada, com observação de aves, no dia 18, o I Passeio Velocipédico à Foz do Arelho e a aula de zumba na praça do CCC, antes do início da corrida nocturna na noite de 17 de Setembro.
Houve test-drives com carros híbridos da Toyota, e passeios com bicicletas, trotinetes e scooters eléctricas, para além de jogos de xadrez ao ar livre e testes de saúde, quando as condições meteorológicas o permitiram.

Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt