Projecto Motorista forma condutores profissionais com perspectiva de emprego

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IMG_9228A escola condução Santa Maria, de Óbidos, arranca no início deste ano com o Projecto Motorista, que procura contribuir para uma formação mais profissional para os motoristas que pretendam integrar-se no sector dos transportes rodoviário. O projecto consiste num conjunto de formações com condições favoráveis de pagamento associado a uma bolsa de emprego.
A aposta da escola de condução neste novo produto tem em conta a falta de motoristas qualificados para a procura que existe por parte das empresas de transportes rodoviário. “Recebemos feedback de empresas que estavam com dificuldades em recrutar motoristas com formação inicial”, explicou Pedro Heliodoro à Gazeta das Caldas.
Uma das mais valias deste projecto é um teste psicotécnico que define o perfil do candidato e em que tipo de empresa melhor se encaixa.
O formando pode escolher o pacote de serviços direccionado ao transporte de mercadorias, com a carta de condução de categoria C (a partir dos 21 anos), ou transportes de passageiros, categoria D (a partir dos 24 anos).
Na categoria C o pacote inclui formações CAM, que habilita os condutores profissionais, ADR, para o transporte de matérias perigosas, e em tacógrafos, para gestão dos tempos de condução e repouso. E ainda a categoria CE, para transporte de reboques.
O pacote da categoria D também inclui as formações CAM e em tacógrafos e acrescenta formação em transporte colectivo de crianças.
Os pacotes podem ser adaptados às necessidades de cada formando, retirando formações para as quais estes já estejam habilitados, ou acrescentando outros serviços que a escola dispõe, como manuseamento de empilhadores, condução defensiva, condução ecológica ou relações interpessoais, referem Mário Carinhas e Pedro Hipólito, sócios gerentes da escola de condução.
Para responder a essa necessidade, a escola juntou os seus próprios serviços com os da empresa caldense líder a nível nacional em formação de condutores: a Sentidos Dinâmicos. E criou uma bolsa de emprego em parceria com várias transportadoras, que indicam as necessidades que têm nos seus quadros e o tipo de formação que precisam que os seus condutores tenham.
O tempo de duração e o preço dependem dos serviços que são contratados, mas a escola criou uma modalidade para facilitar os pagamentos, “até porque os interessados podem estar desempregados”, refere Pedro Heliodoro. Os pagamentos podem, por isso, ser feitos em mensalidades a partir dos 100 euros mensais e prolongar-se num limite máximo de 18 meses. Está também previsto alojamento para os formandos que se desloquem de outros pontos do país.
Para garantir um serviço de qualidade, a escola investiu cerca de 35 mil euros num novo camião com reboque. “Tivemos em conta a evolução dos veículos que as empresas de transporte têm hoje em dia e quisemos ter uma viatura adaptada à realidade que os condutores vão encontrar nas empresas”, refere Pedro Heliodoro, acrescentando que a escolha teve em conta informações recolhidas junto das empresas e de vários condutores profissionais.