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Zé Povinho quer dar os parabéns aos alunos e aos professores do curso de Turismo da ETEO. O Zé gostou do que viu no evento Empreendotur que decorreu naquela escola e ao ter constatado que há estudantes que têm ideias para projectos futuros relacionados com o turismo dos seus concelhos.
Alguns dos projectos podem até nem ser originais mas de facto o turismo é uma área que se encontra a crescer continuamente no país e é preciso valorizar o que de melhor se tem e se produz no Oeste. Todos sabem e não é preciso Zé Povinho repetir, que o turismo é hoje o principal sector do país em termos de emprego e de produção de riqueza.
Há alunos que apostam na sustentabilidade enquanto que outros preferem dar a conhecer as zonas rurais onde moram. Há quem queira mostrar através de exposições e jogos lúdicos, como era a localidade antigamente ou que aposte nos passeios pedestres e queiram que os visitantes degustem os produtos e a doçaria local.
Mas não há nenhuma organização ou entidade que saiba ou queira congregar no Oeste todas estas propostas? Depois do desaparecimento da Região de Turismo, o Oeste foi entregue a uma macro Região onde batalham mais de uma centena de autarquias com interesses o mais diversos possível e sem qualquer cimento que os ligue.
Como será possível afirmar uma especificidade própria de uma região que está junto do pólo que atrai mais turistas a nível nacional – Lisboa – e ser gerida por uma entidade que quase não tem turismo em força? Se se pensar bem, os principais pólos turísticos em Portugal são Lisboa, Porto, Algarve e Madeira. A Região Centro a nível nacional não tem nada para ensinar ao Oeste!
Zé Povinho gostou de algumas das ideias que viu na Mostra de Trabalhos do 2º ano e espera que, no futuro, estas possam surgir na região, mas teme que nunca passem do papel. Estes jovens não merecem que isto acabe assim.
Nos últimos anos, com o aperto da crise e a catadupa de medidas que têm sido impostas aos portugueses, Zé Povinho não tem dificuldade em escolher as suas vítimas.
Semanalmente há sempre um candidato à espera da escolha, que é quase unânime entre os principais comentadores da situação política nacional, faltando quem os defenda assumidamente no espaço mediático.
Zé Povinho na passada semana, ainda antes de conhecer a nova caixa da revista Visão, penalizava o secretário de Estado dos Impostos, Paulo Núncio, como o responsável pela tragicomédia da “lista VIP”, desculpando a ministra pelo que se havia passado.
Ora aquele semanário lisboeta, que havia desenterrado este tema e que o tem servido semanalmente em doses cada vez mais interessantes, descobria a tramitação oficial que tinha havido no Ministério das Finanças sobre a mesma lista VIP, mostrando que afinal a mesma existira e tinha sido validada institucionalmente.
Dizem ministra e secretário de Estado que estavam na ignorância do que os subordinados andavam a congeminar, o que é pior ainda. Como dizia o prof. Marcelo, toda a responsabilidade do que aqueles fazem recai, em primeiro lugar, na ministra, porque o secretário de Estado nem sequer tem autoridade própria, dado que esta é-lhe delegada pelo superior hierárquico.
Assim Zé Povinho, na passada semana, foi injusto para com o Dr. Paulo Núncio e devia ter escolhido a Dra. Maria Luís, que ainda para mais, anda a fazer um tirocínio apressado para dar continuidade à sua carreira política, pois ambição e vaidade não lhe falta. Alguns dos pecados do secretário ficam perdoados, pois afinal quem merece a sanção é a sua chefe, que ambiciona protagonismos provavelmente sem o background necessário.
