Mário Lino homenageado na Redinha

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redinha3No passado dia 15 de Março assinalaram-se na Redinha (Pombal) 204 anos da batalha que opôs as tropas francesas às anglo-lusas. As celebrações desta efeméride realizam-se há 10 anos, coordenadas pelo caldense Mário Lino, que este ano foi homenageado pela Junta de Freguesia com uma salva de prata.
Durante este dia mais de 150 caldenses marcaram presença nas várias actividades que ali se desenvolveram.

Em 2005 Mário Lino desenhou um painel de azulejos, que depois de pintado na Oficina Brito (Coto), foi colocado no Largo da Redinha. Estava assim dado o pontapé de partida para as comemorações da Batalha da Redinha, ocorrida a 12 de Março de 1811, que se têm realizado anualmente com várias actividades.
O largo recebeu o nome de Largo da Guerra Peninsular e ali foi colocada uma pedra natural, retirada da serra, agora transformada em monumento onde todos os anos são depositadas flores e decorre a cerimónia.
Desde então a Câmara de Pombal e a Junta de Freguesia da Redinha têm delegado em Mário Lino as funções de comissariar as comemorações, que contam com uma recriação histórica, feiras de velharias e de doces, caminhadas e passeios de cicloturismo. Uma efeméride que “pretende promover a paz, recordar a história de ontem para que hoje não se volte a repetir”, frisa Mário Lino, que este ano foi presenteado com uma salva de prata pelo trabalho desenvolvido na última década na Redinha.
Este ano, ao invés de recrearem o confronto entre as tropas francesas e anglo-lusas nas margens do Rio Anços, foi encenada a defesa daquelas populações face aos soldados comandados pelo marechal Ney. “O povo defendia-se dos franceses à paulada, com forquilhas e caçadeiras e atacava aqueles que se deixavam ficar para trás”, contou Mário Lino à Gazeta das Caldas.
A adesão às comemorações também superou as expectativas da organização, com Mário Lino a estimar que estivessem presentes cerca de sete mil pessoas. “O maior número de visitantes de sempre”, disse, acrescentando que o bom tempo atraiu a um passeio ao ar livre.
A feira de antiguidades e doçaria ultrapassou os 120 expositores e contou com representações de doçaria conventual de Alcobaça e Tentúgal, assim como enchidos e queijos de diversos pontos do país. A animar a tarde esteve a Filarmónica do Louriçal, o Rancho Folclórico da Redinha, o Grupo de Danças e Cantares de Pousadas Vedras e a Academia de Música Roda Viva.
Houve também uma caminhada pelas margens do Rio Anços, organizada pelo Grupo de Caminheiros das Caldas e Óbidos, e que contou com a participação de mais de 150 pessoas. Das Caldas partiram também cerca de 40 cicloturistas que se juntaram a outros amantes da bicicleta para um passeio de ciclismo etnográfico, com o apoio do Museu do Ciclismo caldense.
Mário Lino garante que as comemorações são para continuar, sempre com ligação às Caldas e às pessoas que o costumam apoiar.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt