Máquinas tentam reabrir a “aberta”

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Gazeta das Caldas

DSC_0212Se tudo tiver corrido bem, hoje, sexta-feira, a Lagoa de Óbidos já terá novamente a sua aberta reaberta, voltando assim a comunicar com o mar.
As obras de reabertura começaram na passada terça-feira pelas 11h30, com máquinas da Câmara de Óbidos. No dia seguinte juntaram-se máquinas da autarquia caldense e também do Ministério de Ambiente.
A ligação ao mar já estava fechada há mais de uma semana quando, na segunda-feira (20 de Abril) equipamentos da autarquia e do Ministério estiveram a tentar abri-la. No entanto, e de acordo com o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, a intervenção foi feita demasiado a sul, onde existe um marachão (local com pouca profundidade) e a água não conseguia fazer a travessia.
Alertados pelos pescadores e mariscadores de que já havia problemas de falta de oxigenação na Lagoa, os autarcas das Caldas e de Óbidos decidiram fazer uma nova intervenção, puxando a “aberta” mais para norte (lado da Foz do Arelho) numa zona onde não há tanta coroa de areia e que permite melhor fluidez da água.
Humberto Marques telefonou ao secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, a dar conta da situação e revelou que teve “resposta positiva para avançar com esta intervenção”. Os custos vão ser repartidos. “Cada um dos intervenientes paga os seus meios”, disse o autarca à Gazeta das Caldas.
O presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Sousa, criticou o trabalho feito pelos técnicos do Ministério do Ambiente, referindo que se trata de um “brinca na areia”, pois fazem a intervenção sem garantias que funciona e depois, no dia seguinte, páram.
“Mais uma vez se provou que as Câmaras das Caldas e de Óbidos estão em sintonia para resolver o problema”, disse, acrescentando que foi informado que “já andam caranguejos e enguias a morrer e que havia que tomar providências”.