Doenças da Mama

0
608

17_1k2bmeem552bjpgAs condições de stress e os traumas psíquicos podem favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de certas doenças da mama, principalmente as ligadas a transtornos funcionais.
Estas doenças são, com efeito, mais frequentes nas mulheres que têm emprego, que têm de encarar certas responsabilidades ou que contam com uma difícil situação familiar.
O mecanismo responsável por tal fenómeno não se conhece com exatidão mas, possivelmente, é semelhante àquele através do qual, com tais premissas, se manifestam as doenças psicossomáticas.
Em particular, a hipófise (glândula que se encontra sob o cérebro) é estimulada para produzir certas hormonas em excesso como a gonadotrofina e a prolactina, em presença de fatores psicológicos e emocionais, tensão nervosa, estados de stress, ansiedade e depressão.
Às vezes, estes fatores podem dar lugar a irregularidades ou, inclusivamente, a uma interrupção das menstruações e é muito provável que tenham certa influência no aparecimento de determinadas doenças.
O desenvolvimento de tumores, por exemplo, parece que pode ser influenciado, ainda que não desencadeado, por fatores psíquicos devido ao stress, provavelmente relacionados também com uma redução das defesas imunitárias. No caso de doenças benignas, mesmo de modesta importância, a existência de perturbações psicológicas (ansiedade, depressão, estados de stress, etc.) exalta a interpretação e a intensidade dos sintomas, determinando quadros clínicos não proporcionais à importância relativa da doença; isto regista-se, muitas vezes, em relação aos sintomas da tensão pré-menstrual, por exemplo. O atrás referido fica parcialmente demonstrado pelo efeito placebo dos fármacos não específicos, comparáveis muitas vezes ao dos verdadeiros fármacos hormonais em condições patológicas.
Deixando de lado as considerações psicanalíticas de tais fenómenos (trata-se geralmente de frustrações dos desejos afetivos e de dependência), é necessário ter em conta estes aspetos psicossomáticos na valorização química de algumas doenças do seio.
No entanto, ainda que algumas mulheres possam apresentar sintomas no seio como forma de chamar a atenção ou como manifestação de uma condição de neurose, não se devem generalizar este tipo de considerações.
— Outro grupo de fatores que podem influenciar o estado de saúde do seio está ligado à função reprodutora. Além das importantes modificações que se registam durante a gravidez e a latação, há que considerar também as modificações que têm lugar durante a vida sexual da mulher.
Ao que parece, uma vida sexual ativa desde a juventude, assim como gestações precoces e aleitamentos prolongados, mantêm o seio mais são e reduzem a incidência das displasias e dos carcinomas.
— Não está muito claro o efeito que pode ter sobre o seio a utilização de preparados cosméticos com hormonas que podem ser absorvidos pela pele. Tem sido também objeto de discussão a absorção de certos desodorizantes axilares, o emprego de certas tinta para os pelos ou a exposição solar excessiva, ainda que os dados disponíveis sejam ainda incertos.
— Por último, parece que não existe relação entre doenças mamárias e os traumatismos repetidos, como os que podem ser provocados, no caso de seios volumosos, por soutiens inadequados.
— Presença na família de tumores da mama.

Dr.ª Elisabeth Costa
Homeopata