Foi inaugurada a maior exposição de bicicletas

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1-Jaime-Ricardo-0712A inauguração da maior exposição de bicicletas já realizada nas Caldas decorreu no passado sábado, no Museu do Ciclismo, na presença de muito público adepto das bicicletas. A mostra encheu o rés-do-chão e estendeu-se ao primeiro andar do museu inaugurado em 1999. Em exibição um século de evolução da bicicleta (componentes e materiais que as constituem), da colecção privada de Jaime Ricardo.
Lembrando largos séculos da história da bicicleta – desde Drais (Draisienne) e Michaux (velocípede) –  Mário Lino, director do museu e curador desta exposição, afirmou que havia sido muito difícil montar o desenho da exposição. “O Jaime Ricardo veio aqui e descarregou um camião de bicicletas… Depois outro… E a seguir mais um… E eu pensei: o que é que eu faço com isto?”. Decidiu depois dividi-las por categorias. Uma dessas, que o próprio Jaime Ricardo destacou, eram as vermelhas do Benfica. São mais de dez dedicadas pelo coleccionador ao seu clube de coração.
Para além disso, o director do museu afirmou que “cada vez mais o passado se encontra próximo do presente”, uma vez que actualmente se nota uma tendência para o reaparecimento de modelos que haviam decaído. “A história é cíclica e não se apaga nem se mata”, afirmou.
Alberto Pereira, vereador do Desporto da autarquia caldense, falou do projecto de mobilidade que está a ser feito e afirmou que “no plano das ciclovias já temos algumas e mais vamos fazer”, sem no entanto precisar quantas serão e onde – ainda que uma delas se deva localizar no Complexo Desportivo.
Quando instado a pronunciar-se acerca da manutenção das mesmas, lembrou que é preciso um esforço não só para fazer as obras, como depois para as manter. “Isso entronca nas dificuldades que as Câmaras têm para contratar pessoal, porque para podermos fazer a manutenção dos vários equipamentos, temos que ter recursos humanos”.
Por outro lado, lembrou que foi feita a requalificação do pavilhão da Mata e que o pavilhão Rainha D. Leonor será intervencionado no próximo ano, informando ainda que existe a intenção de requalificar o Complexo Desportivo, que será dotado de mais equipamentos e valências.
Fernando Alvarenga é de Torres Novas, mas tem casa nas Caldas. Tem vindo a todas as exposições deste museu e elogia o director pelo que tem promovido. “A exposição está muito boa, é uma excelente retrospectiva da história da bicicleta”. Destacando algumas evoluções nos componentes, referiu que, em tempos, “tinha uma Raleigh que era do meu pai, agora tenho uma de montanha sem história nenhuma, mas gosto muito de andar de bicicleta”.
Quem também esteve presente na inauguração foi Nicolaas Tuin, um holandês que está radicado em A-dos-Francos há 15 anos. “Eu também tenho uma paixão por bicicletas e cheguei a correr entre 1983 e 93”, contou, antes de afirmar a sua intenção de doar camisolas e livros, entre outros acessórios, ao museu. “A exposição é muito interessante e o que eu gosto mais é dos modelos de corrida”, explicou.