O Olha-Te, que apoia doentes oncológicos, assinalou no dia 1 de Outubro o seu 5º aniversário nas suas instalações, na Rua de Camões, que contou com a presença de vários dos seus elementos.
De forma gratuita, é prestado aos doentes de cancro apoio psicológico e actividades de desenvolvimento pessoal ligadas à arte à alimentação saudável e ainda à meditação, relaxamento e exercício físico.
Marisa Lourenço, psicóloga do Olha-te, comentou o facto de continuarem a ser apoiadas várias pessoas por este projecto, “de uma forma muito aprofundada, em termos psicológicos e físicos”, através de actividades que apelam para as emoções e para a criatividade. Além do mais, o Olha-Te também acompanha, não só os doentes como também os seus familiares.
O presidente da Mesa da Assembleia do Recreio Clube (entidade que acolheu em 2010 o Projecto Olha-T), José Carlos Nogueira, destacou o facto do Olha-te ser “uma organização de afectos dedicada às pessoas” e que tem a virtude de se “renovar sempre que nos encontramos”.
Para José Carlos Nogueira, esta associação merece apoio por parte das entidades locais devido ao trabalho que tem vindo a desenvolver. O responsável sublinhou ainda o empenho da mentora do projecto, Célia Antunes e a forma como o Olha-Te veio trazer uma nova vida ao Recreio Clube, fundado há 92 anos.
Entre vários projectos, o Olha-Te promove desde há três anos um programa de oito dias de Férias
de Recuperação que se destinam a doentes oncológicos belgas em parceria com a Segurança Social da Bélgica.
Neste momento, esta entidade caldense já recebe dois grupos de doentes por ano. A semana de lazer nas Caldas “tem sido muito elogiado e reconhecido por todos os intervenientes”, disse Célia Antunes, acrescentando que as entidades belgas já pediram que este ano “recebêssemos pessoas com outras patologias”. Segundo a responsável, quando os utentes regressam a casa após as férias que tiveram em Portugal, “ficam bem visíveis as melhorias nos doentes”.
Os grupos têm experiências de turismo cultural, aliado ao conceito do Olha-Te, e que aposta na valorização pessoal.
A mentora do projecto referiu que o Olha-Te tem apoiado financeiramente (pagando despesas de deslocação, medicamentos ou alojamento) doentes mais carenciados através do Fundo Elia Parreira, que foi criado em 2013.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt