Uma “feira popular” nas Caldas até ao fim do mês

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Gazeta das Caldas

feira popularEstá a decorrer até ao fim deste mês junto à Expoeste um parque de diversões ao estilo da feira popular. A iniciativa deve-se a um grupo de empresários do ramo que se juntou por iniciativa de um beneditense e que esperam repetir a iniciativa mais vezes durante o ano.

A música e o cheiro a pipocas e algodão doce não enganam. Nem os gritos que denunciam a adrenalina provocada pelas subidas e descidas vertiginosas: ali há diversão à séria e para todas as idades.
Há muito que as Caldas da Rainha não tinham um parque de diversões tão completo, nem mesmo na tradicional feira de 15 de Agosto. A ideia partiu de André Rodrigues, empresário da Benedita que se dedica a este ramo.
“Estive com alguns colegas no Bombarral e em conjunto com um amigo decidimos tentar aqui nas Caldas, porque é uma cidade grande, com muita juventude, mas que não tem actividades de ar livre para os jovens se divertirem”, conta o empresário.
São 10 os equipamentos que compõem o parque que está montado no parque de estacionamento da Expoeste, e há de tudo um pouco. Insufláveis e carrocéis para os mais pequenitos, uns mais calmos, outros mais agitados. Para toda a família existem um comboio com forma de dragão, aviões, carrinhos de choque, quermesse e até tiro ao alvo com bolas de meias. E depois há outros mais radicais, onde se inclui um género de pêndulo rotativo, que recria as emoções de uma montanha russa, e outro comboio com subidas e descidas verdadeiramente a pique.
“Apesar do frio as pessoas têm aderido, mas como é a primeira vez há muita gente que não sabe. Esperamos que o movimento possa aumentar nos dois próximos fins-de-semana”, refere André Rodrigues.
Cada equipamento tem o seu proprietário e as origens são as mais variadas possíveis, inclusivamente do Algarve. “É esta a nossa vida”, observa o empresário, que é casado e tem um filho. A família anda sempre em caravana pelo país, de norte a sul.
Um negócio que já conheceu melhores dias, mas que ainda “vai dando”, sustenta André Rodrigues. O Inverno é a altura mais difícil, porque não há tantas feiras e festas e o clima não ajuda.
Por outro lado, as despesas são muitas. Para além dos equipamentos serem caros, “temos os impostos, os camiões, o gasóleo, não temos ajudas e temos que pagar as licenças às câmaras”, enumera o beneditense.
Nas Caldas, contudo, André Rodrigues diz que o grupo encontrou um bom porto de abrigo. Felizmente a autarquia só cobrou as licenças e não cobrou pela ocupação do espaço, o que não é tão comum noutras localidades.
A ideia é que esta primeira presença nas Caldas se possa repetir mais vezes durante o próximo ano, “se a câmara deixar”, ressalva André Rodrigues.
O parque de diversões funciona todos os dias, entre as 15h00 e as 23h00 (até à meia-noite durante o fim-de-semana). Os bilhetes são autónomos de cada equipamento, por serem de proprietários diferentes, e custam 2 euros uma viagem, ou 5 euros 4 viagens.