Golf GTE, o desportivo que também é um eléctrico e um híbrido

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IMG_1643Chama-se Golf GTE e é hoje um dos modelos mais versáteis da Volkswagen. É um desportivo puro-sangue com uma genica fantástica, um híbrido responsável capaz de o levar mais longe, ou um eléctrico silencioso, económico e amigo do ambiente para o dia-a-dia.
O GTE não esconde a sua linhagem desportiva, cuja descendência assenta no pedigree dos aclamados GTD e GTI. É por aqui que começamos, porque tudo no GTE inspira essa apetência desportiva. O bólide é movido por um sistema propulsor que alia um motor turbo a gasolina de 1,4 litros a um elétrico. Se cada um deles sozinho tem força suficiente para garantir um bom desempenho (150 cavalos no motor de combustão e 102 no eléctrico), juntos proporcionam sensações… electrizantes.
O GTE tem potência combinada de 203 cavalos que se situa entre os irmãos da gama desportiva Golf (o GTI tem 230 e o GTD 184), tem prestações idênticas, mas consome muito menos. No circuito combinado o GTE conseguiu fazer 100 km com 1,5 litros de gasolina e 11,4kWh de electricidade, com um custo combinado próximo de 3,80 euros contra os 7,80 euros gastos pelo GTI e os 4,50 euros pelo GTD. Também polui substancialmente menos, 35gr de CO2 por km.
Mas, apesar de ter vantagens nos custos de operação e benefícios fiscais, o GTE não precisa de ser rotulado como amigo do ambiente para ser vendável. Para quem só quer um desportivo, o poder do grupo propulsor é fantástico e tem o melhor dos dois mundos: a potência imediata do eléctrico que deixa o condutor colado à cadeira no arranque; e o rugido inconfundível do motor a gasolina. O comportamento é idêntico ao dos seus irmãos, com uma afinação um pouco mais dura que o Golf familiar, mas que lhe dá a estabilidade necessária para garantir emoções fortes.
A grande vantagem do GTE em relação aos seus irmãos GTI e GTE é que, ao contrário destes, não tem que ser desportivo a tempo inteiro. É o que o condutor quiser, quando quiser. A denominação GT garante um equipamento de topo, com muito conforto, tecnologias de ponta e acabamento de qualidade alemã.
Pode ser conduzido no modo exclusivo eléctrico, inclusivamente em auto-estrada, em distâncias curtas, com uma autonomia de 50km suficiente para a maioria das pessoas fazerem o percurso trabalho-casa. Neste modo eléctrico o condutor pode optar por ligar ou desligar a travagem regenerativa. Com esta desligada pode-se utilizar o rolar do carro em recta ou inclinações ligeiras para poupar energia. Com esta ligada, ao largar o acelerador o motor eléctrico funciona como travão e a energia gerada carrega é encaminhada para a bateria. Ao tratar-se de um eléctrico plug-in, pode carregar a bateria numa tomada comum, ou nos postos de carga públicos.
Existem ainda mais dois modos. O puro híbrido conjuga os dois motores para melhorar o consumo e estender a autonomia. Pode ainda utilizar-se o motor a gasolina para criar energia para o motor eléctrico, embora pareça mais vantajoso conduzir no modo híbrido.
O Golf GTE está disponível por cerca de 40 mil euros.

Vantagens fiscais

Comprar eléctrico, híbrido ou híbrido plug-in tem vantagens a nível fiscal. No caso do Golf GTE, tem uma isenção do Imposto Sobre Veículos de até 3.250 euros, para além de que é aplicada a taxa intermédia de 25% do preço base. As vantagens são maiores quando se trata de empresas. Este tipo de modelo pode ser afecto a actividade empresarial, ou à de profissionais liberais. Neste caso, o IVA é deduzido a 100% até ao preço máximo de 50 mil euros. As despesas de utilização, que incluem manutenção e seguros, também são dedutíveis a 100%. A aquisição de automóveis eléctricos, ou híbridos plug-in, também reduz a taxa de tributação autónoma em 5%, 10% ou 17,5%, caso o custo de aquisição seja respectivamente menor de 25.000 euros; até 35.000 euros ou mais que este valor.